Tal pai, tal filho?

O crime cibernético normalmente é encontrado em classes sociais favorecidas, onde o acesso a oportunidades e facilidades na internet levam adolescentes a fazerem o mau uso desse veículo de comunicação e interatividade.

Em um almoço, um grupo reunindo profissionais liberais e executivos, composto apenas de homens, todos pais de família e alguns já avôs, onde a conversa gira em torno das aventuras dos filhos e netos.

Um deles resolve contar com entusiasmo e certo orgulho, uma das facetas de seu filho adolescente e internauta.

No ânimo das tulipinhas de chopp, ele relata o ato heróico do filho...

O garoto, que estava namorando uma colega de turma da escola, a convence de tirar a roupa para ele. A menina a princípio recusa, dizendo-se envergonhada, mas depois de muita insistência, acaba aceitando, impondo algumas condições.

O tal desejo seria realizado, mas seria na sua casa e através da internet, fazendo o uso de webcam. O garoto assistiria o streap tease em seu próprio PC.

Ele aceitou de pronto e foi correndo para casa e no horário marcado, se pôs diante do computador, pronto para assistir ao show.

Mas não sem antes, chamar uma turma de amigos.

Os amigos ficam em locais estratégicos e o herói da turma liga sua máquina. O espetáculo começa, a menina vai se despindo ao som de uma música escolhida pelos pombinhos até ficar totalmente nua. Nesse momento o cidadão-pai entra no quarto e pergunta o que está acontecendo. O filho meio sem jeito, relata sobre o conteúdo do show. O pai olha em volta, procura um lugar confortável e junto com a garotada, assiste a obra prima, com entusiasmo e orgulho do rebento.

...e na primeira oportunidade, em almoço executivo, ele conta aos colegas de trabalho sobre o episódio.

Esse é um relato verdadeiro, onde fica evidente o mau exemplo e o incentivo que conduz a um ato criminoso sem precedentes, a pedofilia.

Alecrim Dourado na blogada coletiva contra a pedofilia.

Denise BC
Rio de Janeiro
14 de fevereiro de 2008.