Cheirinho de Alecrim

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Alecrim! Alecrim dourado
Que nasceu no campo
E não foi semeado
(...)

Foi meu amor
Quem me disse assim:
Que a flor do campo
Era o Alecrim



Um cheirinho de alecrim

Há dias em que tem-se a impressão de se estar dentro de um espesso nevoeiro. Tudo parece monótono e difícil, e o coração fica triste. É a noite escura da alma. Era meu aniversário e justamente um destes dias estranhos, quando uma voz interior me disse:

"Você precisa tomar chá de alecrim".

Fui ao jardim e lá estava nosso viçoso pé de alecrim. Interessante é que quase todos que visitam nossos jardins demonstram afeição e respeito pelo alecrim. Confesso que nunca liguei muito para ele. Mas, naquele dia, com toda reverência, colhi alguns ramos, preparei um chá e o servi em uma linda xícara. O aroma era muito agradável e, a cada gole que bebia, senti a mente ir clareando.


Uma sensação de bem-estar e alegria foi se espalhando pelo corpo e senti enorme felicidade no coração. Fiquei muito impressionada com a capacidade dessa planta transmitir alegria.Aliás, o nome alecrim já lembra alegria.

O alecrim - Rosmarinos officinalis, planta nativa da região mediterrânea - foi muito apreciado na Idade Média e no Renascimento, aparecendo em várias fórmulas, inclusive a "Água da Rainha da Hungria", famosa solução rejuvenescedora.

Elizabeth da Hungria recebeu, aos 72 anos, a receita de um anjo (um monge?) quando estava paralítica e sofria de gota. Com o uso do preparado, recobrou a saúde, a beleza e a alegria. O rei da Polônia chegou a pedi-la em casamento!

Madame de Sévigné recomendava água de alecrim contra a tristeza, para recuperar a alegria.

Rudolf Steiner afirmava que o alecrim é, acima de tudo, uma planta calorífera que fortalece o centro vital e age em todo o organismo.

Além disso, equilibra a temperatura do sangue e, através dele, de todo o corpo. Por isso é recomendado contra anemia, menstruação insuficiente e problemas de irrigação sangüínea. Também atua no fígado. E uma melhor irrigação dos órgãos estimula o metabolismo. Um ex-viciado em drogas revelou que tivera uma visão de Jesus que o tornou capaz de livrar-se do vício. Jesus lhe sugeria que tomasse chá de alecrim para regenerar e limpar as células do corpo, pois o alecrim continha todas as cores do arco-íris. O alecrim é digestivo e sudorífero.

Ajuda a assimilação do açúcar (no diabetes) e é indicado para recompor o sistema nervoso após uma longa atividade intelectual.

É recomendado para a queda de cabelo, caspa, cuidados com a pele, lesões e queimaduras; para curar resfriados e bronquites, para cansaço mental e estafa; ainda para perda de memória, aumentando a capacidade de aprendizado.



Existe uma graciosa lenda a respeito do alecrim:

Quando Maria fugiu para o Egito, levando no colo o menino Jesus, as flores do caminho iam se abrindo à medida que a sagrada família passava por elas.

O lilás ergueu seus galhos orgulhosos e emplumados, o lírio abriu seu cálice.

O alecrim, sem pétalas nem beleza, entristeceu lamentando não poder agradar o menino.

Cansada, Maria parou à beira do rio e, enquanto a criança dormia, lavou suas roupinhas.

Em seguida, olhou a seu redor, procurando um lugar para estendê-las.

"O lírio quebrará sob o peso, e o lilás é alto demais".

Colocou-as então sobre o alecrim e ele suspirou de alegria, agradeceu de coração a nova oportunidade e as sustentou ao sol durante toda a manhã.

"Obrigada, gentil alecrim" - disse Maria - "Daqui por diante ostentarás flores azuis para recordarem o manto azul que estou usando. E não apenas flores te dou em agradecimento, mas todos os galhos que sustentaram as roupas do pequeno Jesus serão aromáticos. Eu abençôo folha, caule e flor, que a partir deste instante terão aroma de santidade e emanarão alegria."

Texto: Lucia Helena dos Santos

Sky Watch- Degradação Ambiental / Environmental Degradation


Degradação Ambiental no Cenário Urbano
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Environmental Degradation in Urban Scenario



Déficit habitacional acarretando em invasões nas margens dos rios.
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Deficit housing in leading invasions on the banks of rivers.



Descarte de entulho da construção civil em áreas inapropriadas, levando a degradação do ecossistema e perda da biodiversidade.
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Dispose of rubble from construction in areas inappropriate, leading to degradation of the ecosystem and biodiversity loss.



Rio coberto por "Gigoga", vegetação que prolifera-se em águas com comprometimento sanitário.
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Rio covered by "Gigoga," vegetation that proliferates itself in waters with compromised health.


Fotos by Denise BC

Rio de Janeiro - Brasil
Denise BC

Sky Watch - Amanhecer de Outono / Dawn of Autumn

Amanhecer de minha janela
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Dawn of my window

Vistas aérea de condomínio residencial - Recreio dos Bandeirantes (RJ)

1º Tomada


2º Tomada


3º Tomada
Rio de Janeiro - Brasil


Fotos by Denise BC

Mudam se ...

O Que é um Menino?

Entre a inocência da infância e a compostura da maturidade, há uma deliciosa criatura chamada MENINO.


Embora se apresentem em tamanhos, pesos e cores sortidas, todos os meninos têm um credo: aproveitar cada segundo da cada minuto de todas as horas de todos os dias e protestar ruidosamente (o barulho é a sua única arma), quando seu último minuto é decretado e os adultos os empacotam e os metem na cama.


Meninos são encontrados em todas as partes: em cima de, embaixo de, subindo em, balançando-se no, correndo em volta de, pulando para. As mães os adoram, as meninas os odeiam, irmãos e irmãs mais velhos os suportam, adultos os ignoram, o céu os protegem.


Um menino é a verdade com o rosto sujo, a beleza com um corte no dedo, a sabedoria com um chiclete no cabelo, a esperança do futuro com uma rã no bolso. Quando você está ocupada(o), um menino é um conversa fiada, intrometido e amolante.




Quando você deseja que ele cause boa impressão, seu cérebro vira geléia, ou ele se transforma em uma criatura sádica e selvagem empenhada em desmontar o mundo ao seu redor. Um menino é um híbrido: o apetite de um cavalo, a disposição de um engolidor de espadas, a energia de uma bomba atômica de bolso, a curiosidade de um gato, os pulmões de um ditador, a imaginação de um Julio Verner, o retraimento de uma violeta, o entusiasmo de um bombeiro e quando se mete a fazer alguma coisa é como se tivesse cinco polegares em cada mão.


Gosta de sorvete, canivete, serrotes, pedaços de pau, água – no seu “habitat” natural – bichos grandes, papai, sábados, domingos, feriados e mangueiras com água. (hoje é bom incluir eletrônicos) Não é partidário de catecismo, escolas, livros sem figuras, lições de música, colarinhos, barbeiros, meninas, agasalhos, adultos velhos e “hora de dormir” (odeiam ir ao shopping para olhar vitrines com a mãe).


Ninguém se levanta tão cedo, nem chega tão tarde para o jantar. Ninguém se diverte tanto com as árvores, cachorros e insetos. Ninguém mais é capaz de meter num único bolso, um canivete enferrujado, uma maçã comida pela metade, um metro e meio de barbante, um saco de material plástico, duas pastilhas de chiclete, três notas de um Real, um estilingue e um fragmento de “substância ignorada”.


Um menino é uma criatura mágica: você pode mantê-lo fora do seu escritório, mas não pode expulsa-lo de seu coração. Pode pô-lo para fora da sala de visitas, mas não pose tira-lo de sua mente. Queira ou não, ele é seu captor, seu carcereiro, seu dono, seu patrão. Um cara sarapintado, um nanico, um mata-gatos, um pacote de encrencas. Mas quando a noite você chega em casa, com suas esperanças e seus sonhos reduzidos a pedaços, ele possui a magia de suada-la(o) num segundo, pronunciando duas palavras somente:

MAMÃE! ... PAPAI! ...

Denise BC

Mosquito Transgênico - Aedes aegypti

Mosquito transgênico é promessa para reduzir população do Aedes aegypti.

Uma empresa britânica quer usar a genética para dizimar o mosquito Aedes aegypti, transmissor da febre amarela e da dengue. Os pesquisadores criaram uma versão do inseto com o DNA alterado, que só produz filhotes inviáveis. Segundo eles, a presença desses animais "com defeito de fabricação" na natureza poderia cortar pela metade a população do A. aegypt.

Segundo a revista americana "Wired", a empresa modificou geneticamente os machos da espécie para que eles dependessem de um antibiótico fornecido pelos pesquisadores para sobreviver. Se não recebessem o antibiótico tetracicilina em sua dieta, os insetos morreriam.

Depois de chegarem à maturidade com o auxílio dos cientistas, os mosquitos, todos machos, seriam liberados na natureza. Eles seriam capazes de sobreviver o suficiente para copular com fêmeas de sua espécie. Os filhotes gerados, no entanto, acabariam morrendo sem conseguir gerar seus próprios descendentes.
Um teste inicial feito pela equipe mostrou que cerca de metade das fêmeas da espécie acabam copulando com os machos geneticamente modificados. Se tudo der certo, o projeto poderá ser adotado pelo governo da Malásia para enfrentar o Aedes aegypti dentro de três anos.
A empresa britânica, no entanto, sofre críticas de organizações ambientalistas, para as quais a liberação de insetos modificados geneticamente pode ter conseqüências imprevisíveis para os ecossistemas tropicais(Globo Online).

Fonte: AmbienteBrasil

Mas enquanto as soluções milagrosas não vem ... eis uma dica barata e eficaz, para evitar a proliferação do mosquito da dengue.

Trata-se de um "mosquitério", uma armadilha para mosquitos desenvolvida pelo Professor MAULORI CABRAL da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que ele apresentou em um noticiário da TV GLOBO .

Eis o passo a passo, com fotografias, como construir a tal armadilha a custo quase zero!


Na foto acima, o material necessário:
Uma garrafa pet, o anel de lacre da tampa da garrafa, tesoura, fita isolante, lixa para madeira de número 180, um pedaço de filó (15 x 15 cms) de trama fina, do tipo usado em mosquiteiros ou telas de janelas contra mosquitos e um grão de ração para gatos (não serve ração para cães), ou três ou quatro grãos de arroz ou alpiste levemente amassados.

A boca do funil deve ser vedada com o pedaço de filó que será fixado com o anel de lacre da tampa da garrafa pet e a parte interna do "funil" deve ser lixada até ficar áspera e fosca.

Coloque no fundo do "copo" o grão de ração para gatos ou os grãos de arroz ou alpiste amassados.
Encaixe o "funil" com a boca para baixo dentro do "copo" e vede o conjunto com a fita isolante.
Encha com água até a metade do "funil" e complete este nível com água sempre que necessário.
A armadilha para mosquitos está pronta e deve ser colocada em algum lugar da casa a salvo da luz solar!

Vamos explicar como funciona a armadilha:

A superfície interna do "funil", áspera e fosca, facilita a evaporação da água, o que atrai as fêmeas dos mosquitos.
Como a água possui material orgânico, originário da ração para gatos ou dos grãos de arroz ou alpiste, a fêmea do mosquito colocará seus ovos na superfície da água no interior do "funil", pois o material orgânico irá servir de alimento para as larvas.

Quando os ovos eclodem, as larvas mergulham em busca do alimento e como são muito pequenas, atravessam o filó da boca do "funil".
Mas as larvas crescem, se transformam em mosquitos e não conseguem voltar através do filó ficando presos (os mosquitos adultos), dentro da armadilha até que morram!

Esta armadilha é, possivelmente, o mais seguro, barato e eficaz método de extermínio de mosquitos, pois o combate tradicional é feito com o uso de substâncias tóxicas (inseticidas) usados para matar larvas ou os insetos adultos.

A realidade vem mostrando que o uso de inseticidas não só não acaba com os mosquitos como causa efeitos prejudiciais ao meio ambiente, pois mata todos os insetos, interferindo na cadeia alimentar de pássaros, por exemplo, além de causar danos também à saúde de seres humanos.

Se você montar uma dessas armadilhas em sua casa, dentro de pouco tempo poderá observar larvas de mosquitos na água em seu interior.
Para saber se as larvas são do mosquito AEDES AEGYPTI (transmissor da DENGUE), basta aproximar o foco de luz de uma lanterna, se as larvas fugirem da luz, são do AEDES AEGYPTI, se as larvas não fugirem da luz, são de mosquitos comuns.

O AEDES AEGYPTI não gosta de luz!
Em qualquer dos casos você já estará no lucro porque ninguém gosta de mosquitos!

A eficácia de tal armadilha reside no fato de que ela interrompe o ciclo vital dos mosquitos, porque a fêmea que coloca seus ovos ali não se reproduzirá.
O ciclo vital do mosquito transmissor da DENGUE dura cerca de 15 dias e cada fêmea põe cerca de 400 ovos.
Se cada residência tivesse uma armadilha dessas talvez o problema da DENGUE já estivesse solucionado.

Resta agora às autoridades divulgarem o projeto do Professor MAULORI CABRAL!

Os Cegos do Castelo / The Blind from Castle


"Existe tanta coisa neste mundo que a gente não consegue perceber... Quem tem todos os sentidos já tem tão pouco, imagina quando falta algum?”

Citação: Lêda Lucia Spelta - Abril 2007.





Os Cegos Do Castelo
(Clique para ouvir)

(Nando Reis) -CD Titãs Acústico - 1997

Eu não quero mais mentir
Usar espinhos que só trazem dor
Eu não enxergo mais o inferno
Que me atraiu

Dos cegos do castelo me despeço e vou
A pé até encontrar
Um caminho
O lugar

Pro que eu sou
Eu não quero mais dormir
De olhos abertos me esquenta o sol
Eu não espero que um revolver venha explodir

Na minha testa se anunciou
A pé a fé devagar
Foge o destino do azar que restou
E se você puder me olhar

E se você quiser me achar
Se você trouxer o seu lar
Eu vou cuidar
Eu cuidarei dele

Eu vou cuidar
Do seu jardim
Eu vou cuidar
Eu cuidarei muito bem dele

Eu vou cuidar
Eu cuidarei do seu jantar
Do céu e do mar
E de você e de mim.


COMO SONHAM OS CEGOS?


Normalmente os cegos de nascimento, ou os que perderam a vista com pouca idade, não sonham com imagens, mas em seus sonhos podem falar, escutar, sentir, cheirar, saborear, etc. Os cegos que perderam a visão com mais idade possuem imagens em seus sonhos, mas estas podem ir diminuindo com o tempo, e mesmo desaparecerem por completo. Geralmente, os cegos que perderam a vista já adultos, podem sonhar alguns dias com imagens, outros sem elas.


Alguns depoimentos de pessoas cegas




“Geralmente meus sonhos se repetem e as pessoas com quem sonho também. Sonho que estou com meus pais, em casa ou no carro, ou caminhando com meus amigos. Em meus sonhos não os vejo, mas sei que estão ali, que me falam. Eu os escuto e respondo. Uma vez sonhei que estava viajando para Cuzco em um avião em companhia de minha irmã e uns amigos. E eu lhes dizia: - Como vamos chegar? É possível que nos afete a altura. E eles diziam: - Não importa. Anime-se e vamos. Se tivermos problemas, regressamos. Em meus sonhos não vejo, porém em ocasiões posso cheirar. Já sonhei que comia e que podia cheirar, saborear a comida”.
Angela Marín, 27 anos. Cega total de nascimento.


“Eu sonho com as coisas que faço sempre. Também sonho com as pessoas com quem convivo regularmente, que podem ser os amigos, pais, namoradas”.
Luis Alberto Nakamatsu, 34 anos. Cego total de nascimento.


“Outra vez sonhei que me encontrava na praia com umas amigas que só conhecia no sonho. Eu conversava com elas contente quando veio uma onda gigantesca, mas antes que esta onda chegasse até a mim, fui levantado no ar por uma ventania: pude sentir (tato) claramente como aquele forte vento me levantava. Permaneci no ar durante uns 7 a 10 segundos, quando caí lentamente além de um pequeno muro que estava perto da praia, onde se encontravam minhas amigas, que comentavam, de forma breve, o que eu havia passado. Logo segui falando com elas, feliz e ilezo”.
Fernando Montez, 29 anos. Cego desde os 9 meses de nascido, com cegueira total.


“Às vezes sonho vendo, às vezes como agora, ou seja, sem ver, mas posso escutar. geralmente quando sonho e vejo é em qualquer ambiente, porém é noite. Muito poucas vezes sonho vendo de dia. Também em meus sonhos, posso ver a gente que conheci depois de perder a visão. Eu as conheço pela descrição que as pessoas me fazem delas. Construo em minha mente uma espécie de progressão visual dos rostos”.
Lucio Suárez Sánchez, 30 anos. Cego total desde os 17 anos.





Quando achamos que já sabemos muita coisa, e nos deparamos com um universo desconhecido é que podemos realmente tomar consciência, que temos muito a aprender.
Fonte: Bengala Legal

Denise BC

Água um Bem Precioso / Well Water a Precioso

Carta Escrita no Ano de 2070


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Acabo de completar 50 anos, mas a minha aparência é de alguém de 85

Tenho sérios problemas renais, porque bebo pouca água

Creio que me resta pouco tempo

Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade

Recordo quando tinha 5 anos. Tudo era muito diferente.

Havia muitas árvores nos parques

As casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro por
aproroximadamente uma hora


Agora usamos toalhas em azeite mineral para limpar a pele

Antes, todas as mulheres mostravam as suas formosas cabeleiras

Agora, raspamos a cabeça para mantê-la limpa sem água

Antes, meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira

Hoje os meninos não acreditam que utilizávamos a água dessa forma



Recordo que havia muitos anúncios que diziam para CUIDAR DA ÁGUA, só que ninguém lhes dava atenção

Pensávamos que a água jamais poderia terminar

Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aqüíferos estão irreversivelmente
contaminados ou esgotados

Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados

As infecções gastrointestinais, enfermidades da pele e das vias urinárias são as principais causas de morte

A indústria está paralisada e o desemprego é dramático

As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam os empregados com água potável em vez de salário

Os assaltos por um litro de água são comuns nas ruas desertas

A comida é 80% sintética

Antes, a quantidade de água indicada como ideal para se beber eram oito copos por dia, por pessoa adulta

Hoje só posso beber meio copo

A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo

Tivemos que voltar a usar as fossas sépticas como no século passado porque a rede de esgoto não funciona mais por falta de água

A aparência da população é horrorosa: corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele pelos raios ultravioletas que já não têm a capa de ozônio que os filtrava na atmosfera




Os cientistas investigam, mas não há solução possível

Não se pode fabricar água, o oxigênio também está degradado por falta de árvores, o que diminuiu o coeficiente intelectual das novas gerações

Como conseqüência, há muitas crianças com insuficiências, mutações e deformações

Quem não pode pagar é retirado das "zonas ventiladas", que estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar

Não são de boa qualidade, mas se pode respirar

A idade média é 35 anos

A água tornou-se um tesouro muito cobiçado, mais do que o ouro ou os diamantes

As estações do ano foram severamente transformadas pelas provas atômicas e pela poluição das indústrias do século XX

Advertiam que era preciso cuidar do meio ambiente, mas ninguém fez caso

Falo da chuva e das flores, do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e
barragens, beber toda a água que quisesse


O quanto nós éramos saudáveis!

Então, sinto um nó na garganta!

Não posso deixar de me sentir culpado porque pertenço à geração que acabou de destruir o meio ambiente, sem prestar atenção a tantos avisos.

Agora, nossos filhos pagam um alto preço...

Sinceramente, creio que a vida na Terra já não será possível dentro de muito pouco tempo porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível.

Como gostaria de voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto...

...enquanto ainda era possível fazer algo para salvar o nosso planeta Terra!


Texto publicado na revista "Crónicas de los Tiempos, de abril de 2002


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ÁGUA! use-á com mais responsabilidade pois é bem precioso e finito

Denise BC

(Continua na pulicação abaixo)

Dia Mundial da Água / World Water Day

Dia Mundial da Água - 22 de março

Salvando o Planeta para as Futuras Gerações!




Observe



Contemple



Sinta




Cuide








Ame














Proteja









e Preserve


O Patrimônio Natural do seu Planeta


Faça a sua parte



Próxima Blogagem Coletiva-Dia Mundial da Água

Dia Mundial da Água - 22 de março



Mais uma vez os Amigos da Blogosfera se unem para tratar de uma grande causa e pretende mobilizar os bloggers e simpatizantes para atentarem para o Calendário Verde do Faça a sua Parte.

Dentro desta proposta, o próximo encontro agendado será no dia 22 de Março, “Dia Mundial da Água“.

O ano de 2008 também foi escolhido pela ONU como o “Ano Internacional do Saneamento” e não poderíamos deixar de considerar o evento relacionado para ser discutido também no dia 22 de Março.

Por Luma Rosa

Participe!


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Incrivelmente Divino...

CHOCOLATE - O Alimento dos Deuses

"Theobroma", do grego, quer dizer "alimento dos deuses". Este é o nome de batismo do chocolate. O batismo aconteceu em meados do século 18. O padrinho foi Carlos Linnaeus, um botânico sueco que conhecia muito bem a trajetória do chocolate através da história dos povos.

Mas essa história não é da época de Lennaeus. É bem mais antiga. Começou há séculos atrás, com as civilizações asteca e maia, na América Central, mais precisamente onde hoje ficam os territórios do México e da Guatemala.

Lá no México, os astecas cultuavam o deus Quetzalcoatl. Ele personificava a sabedoria e o conhecimento e foi quem lhes deu, entre outras coisas, o chocolate. Os astecas acreditavam que Quetzalcoatl trouxera do céu para o povo as sementes de cacau. Eles festejavam as colheitas com rituais cruéis de sacrifícios humanos, oferecendo às vítimas taças de chocolate.

Um dia, Quetzalcoatl ficou velho e decidiu abandonar os astecas. Partiu em uma jangada de serpentes para o seu lugar de origem - a Terra do Ouro. Antes de partir, porém, ele prometeu voltar no ano de "um cunho", que ocorria uma vez a cada ciclo de 52 anos no calendário que ele mesmo criara para os astecas.

O CHOCOLATE MAIA

Enquanto isso, por volta de 600 a.C., os maias, que também conheciam o chocolate, estabeleciam as primeiras plantações de cacau em Yucatan e na Guatemala.

Considerados importantes comerciantes na América Central, eles aumentaram mais ainda suas riquezas com as colheitas de cacau. Acontece que em toda aquela região a importância do cacau não residia apenas no fato de que dele se obtinha uma bebida fria e espumante, chamada "tchocolath". O valor do cacau também estava em suas sementes. Elas eram usadas como moeda. Na época, por exemplo, um coelho podia ser comprado com oito sementes e um escravo, por 100.

Até então, o cacau e seu precioso produto, o chocolate, só circulavam pelos rituais, banquetes e o comércio na América Central. Passaram séculos. Em 30 de julho de 1502, o navegador Cristóvão Colombo, achando que tinha descoberto as Índias, baixa âncoras em frente à ilha de Guajano, na América Central. Uma majestosa piroga aborda a caravela de Colombo.

O CHOCOLATE CHEGA À EUROPA

Passaram-se mais dezessete anos. Em 1519, o explorador espanhol Fernão Cortez e seus seiscentos soldados desembarcam no México, pretendendo conquistá-lo. Fazem os preparativos para o combate. Mas, para surpresa geral, o imperador asteca Montezuma e seus súditos os recebem com cordialidade.

Vítimas de sua própria lenda, eles crêem que Cortez é a reencarnação do bondoso deus Quetzalcoatl. Acontece que 1519 coincidia com o ano de "um cunho", no calendário asteca - o ano que Quetzalcoatl prometera voltar.

O povo alegre festeja e o imperador acolhe Cortez com um grande banquete regado com taças de ouro cheias de "tchocolath". Mas a desilusão não tarda a chegar: o suposto Quetzalcoatl, aquele que havia dado o chocolate a seu povo, parecia não o ter bebido antes e nem mesmo gostar dele. É óbvio, o "tchocolath" não era a bebida agradável de hoje. Era bastante amarga e apimentada. As tribos da América Central geralmente o preparavam misturando com vinho ou com um purê de milho fermentado, adicionado com especiarias, pimentão e pimenta.

Naquela época, o chocolate era reservado apenas aos governantes e soldados, pois acreditava-se que, além de possuir poderes afrodisíacos, ele dava força e vigor àqueles que o bebiam.

Cortez, sem dúvida, ficou muito impressionado com a mística que envolvia o chocolate e mais ainda com o seu uso corrente. Assim, com o intuito de gerar riquezas para o tesouro de seu país, ele estabelece uma plantação de cacau para o rei Carlos V, da Espanha. E, como bom negociante, começa a trocar as sementes de cacau por ouro, um metal indiferente àqueles povos. Os espanhóis aos poucos se acostumavam com o chocolate e, para atenuar o seu amargor, diminuíam a proporção de especiarias e o adoçavam com mel. Já o rei Carlos V tinha o hábito de tomá-lo com açúcar.


Um ano depois, Cortez responde com traição a acolhida que recebera do povo asteca. Prende o imperador Montezuma atrás das grades e invade suas terras. Tanto Montezuma quanto seu sucessor são assassinados pelas tropas de Cortez e o México passa a ser colônia espanhola, permanecendo nesta situação por trezentos anos.

Os espanhóis tentam esconder a receita

Rapidamente, o chocolate se espalha entre a família real e os nobres da corte espanhola. Cortez levara para a Espanha todo o conhecimento daquelas tribos primitivas de como lidar com o cacau e preparar o chocolate.

Sabia como colher, retirar as sementes dos frutos e depois espalhá-las ao sol para fermentar e secar. Sabia também que elas deviam ser assadas sobre o fogo e depois esmagadas em uma gamela de pedra, até se obter uma pasta aromática, a qual era misturada com água para se chegar à bebida.

Na Espanha, as cozinhas dos mosteiros serviam como local de experiência para o aprimoramento do chocolate e a criação de novas receitas. Os monges aperfeiçoaram o sistema de torrefação e a moenda do chocolate, transformando-o em barras e tabletes para serem dissolvidos em água quente, como era apreciado nos salões aristocráticos.

Durante todo o século XVI, porém, os espanhóis conservaram para si esta preciosa iguaria, não querendo compartilhá-la com outros países. No entanto, seus planos foram por água abaixo em meados do século XVII, quando começaram a vazar as primeiras informações sobre o chocolate. Os viajantes vinham a Madri e o bebericavam.


Os monges davam-no para provar aos visitantes de outros países. Os marinheiros, como ouviam falar dele, ao capturar uma fragata espanhola desembarcavam as sementes de cacau e as levavam às suas terras. Rapidamente, espalham-se plantações de cacau pela Europa, América do Sul e Índias. O chocolate se converte em bebida universal.

A RAINHA GULOSA

O casamento, em 25 de outubro de 1615, do rei Luís XIII, da França, com a infanta da Espanha, Ana da Áustria, sela a conquista do chocolate na França. A pequena rainha, de apenas 14 anos, adorava chocolate e trouxera da Espanha tudo o que era necessário à sua preparação.

E os cortesãos, para ganhar a sua simpatia, adotaram a sua bebida preferida. Ela passou a fazer parte da corte. Tanto é verdade que um dos convites mais requisitados em Paris era "para o chocolate de Sua Alteza Real".

Já em 1657, surge em Londres a primeira loja de chocolate. Em 1660, o filhode Ana da Áustria, Luís XIV, que subira ao trono, casa-se com outra princesa espanhola, Maria Teresa. Esta segunda união ibérica acaba firmando de vez o domínio de chocolate na França. A corte comentava que Maria Teresa, uma esposa devotada, tinha duas paixões: o rei e o chocolate.

Enquanto a monarquia solidificava o hábito de consumir chocolate na França, outros países também começavam a se interessar por ele e a procurar pela sua própria fonte de suprimento. O governo espanhol mantivera o comércio de chocolate fechado até o século XVI. E, para sustentar o seu monopólio, estabelecera taxas pesadas de importação, de forma que ele permanecesse ainda durante muito tempo uma bebida apenas das classes privilegiadas. Como se não bastasse, os estoques de sementes de cacau da Espanha eram limitados.
A França, por exemplo, muito interessada em suprir seu consumo, começou a cultivar cacau em sua ilha nas Índias Ocidentais, a Martinica. Enquanto isso, ele era introduzido nas ilhas de Jamaica, Trinidade e São Domingos. Mais tarde, chegava às Filipinas e outras regiões da Ásia.


A DEMOCRATIZAÇÃO DO CHOCOLATE

Na virada do século 17, rivalizando com os cafés, começam a aparecer em Londres as casas de chocolate. Elas o tornam uma artigo relativamente democrático na Inglaterra. As casas oferecem comida e bebida, além de jogos de carta e dados.

Também há muita conversa. Conversa sobre tudo: da poesia à fofoca, da política aos negócios. As casa de chocolate londrinas se transformam no centro da vida social gregária. Abrem-se casas de chocolate na Bélgica, Suíça, Alemanha, Itália e Áustria. A Europa cheirava a chocolate.

Em 1765, um médico, James Barker de Dorchester, se associa a um fabricante de chocolate recém-chegado da Irlanda, John Honnon, e funda a primeira fábrica de chocolate dos EUA: a Companhia Barker. Naquela época, o chocolate já podia ser consumido temperado com cravo ou almíscar, dissolvido em vinho ou leite quente e adoçado com açúcar. Ele começa a ser aperfeiçoado e surgem novidades.

Em 1828, o químico holandês Coenraad van Houten inventa uma prensa de parafuso que permite obter o pó do chocolate. Começa também a ser comercializada a manteiga de cacau. A firma inglesa Bristol, Fly & Bons, em 1847, introduz o chocolate comestível. Em 1819, François Louis Cailler abre a primeira fábrica de chocolates suíços. Sete anos depois, em 1826, Philipp Suchard começa a fazer chocolate misturado com avelãs moídas. Em 1875, Daniel Peter e Henri Nestlé inventaram o chocolate ao leite.

Ele estava sendo aprimorado. Cada vez ficava melhor: mais macio, saboroso e cheio de ingredientes. A fabricação de chocolate, que começara em pequenas oficinas com simples equipamentos, se tornara um negócios de corporações e filiais internacionais. A industrialização exigia urgente expansão das lavouras de cacau.

Todos trataram de plantar. Os belgas no Congo. Os holandeses no Ceilão, Java, Sumatra e Timor. Os ingleses nas Índias Ocidentais. Os alemães em Camarões e os franceses, além da Martinica, também em Madagascar. Os portugueses, já firmemente no controle do Brasil, plantaram seus cacaueiros em São Tomé e Príncipe, duas ilhas na costa oeste da África.


OS SOLDADOS NÃO RESISTIAM

Em 1914 estoura a Primeira Guerra Mundial, determinando o fim da expansão das indústrias chocolateiras. São feitas restrições às exportações do produto. Tabletes de chocolate passam a fazer parte da ração de emergência dos soldados americanos em serviço, mas a experiência não dá muito resultado.

Para cumprir o papel de ração de emergência, o chocolate era demasiado irresistível para ser guardado sem ser comido. Afinal, ele fora aprimorado para se tornar o mais saboroso possível. Os soldados raramente guardavam seus tabletes para uma crise futura. Eles os devoravam rapidamente ao menor sinal de fome.

Mas, em 1934, o capitão Paul P. Logan inventa uma fórmula de ração à base de chocolate, muito energética e, o mais importante: pouco atrativa ao paladar. Era uma mistura de chocolate, açúcar, leite em pó desnatado, manteiga de cacau, vanilina, aveia e vitamina B1. Em 1938, ela é batizada de "Ração D". No ano seguinte eclode a Segunda Guerra Mundial.

A Companhia Hershey, importante fabricante nos EUA, recebe uma tarefa especial no exército americano: desenvolver uma nova ração de chocolate que sustentasse os soldados no caso de falta total de alimentos, e que pudesse ser carregada em seus bolsos, sem derreter.

De fato, a indústria Hershey alcança o intento: produz um tablete resistente, que além de chocolate possuía outros ingredientes nutritivos, possibilitando uma dieta substanciosa de cerca de 600 calorias, tornando-se a nova "Ração D".

Enquanto durou a guerra, a Hershey produziu meio milhão de tabletes por dia. A companhia, do industrial Milton Hershey, chegou a receber o prêmio "Army Navy E" por suas contribuições civis com a "Ração D" durante a Segunda Guerra.

O chocolate circulava por todas as partes: nas frentes de batalha e dentro dos lares. Talvez ele não fosse mais considerado como um alimento universal e afrodisíaco, como na época dos astecas, mas era recomendado como um fortificante incomparável na reposição de energia.

Em 1945, finda a guerra e com ela as barreiras ao desenvolvimento das indústrias chocolateiras. Os fabricantes, libertos dos racionamentos impostos pela guerra e das restrições feitas às exportações, aumentam suas produções. Em breve, o chocolate se tornaria um dos produtos mais populares em todo o mundo.

O CACAU CHEGA AO BRASIL

Alguns estudiosos admitem que 1665 foi o ano da primeira tentativa de implantar a cultura cacaueira na Bahia. O correto, no entanto, é 1746. Neste ano, o colono francês Louis Frederic Warneaux trouxe sementes do Pará e as plantou na fazenda Cubículo, à margem direita do rio Pardo, na capitania de São Jorge de Ilhéus, hoje município de Canasvieiras.

As condições climáticas, a topografia e o solo baiano eram propícios à cultura do cacau, por esta razão, a região de Ilhéus acabou se tornando uma poderosa produtora.

A lavoura cacaueira começa a se expandir na Bahia. Essa expansão, porém, se processa através de lutas violentas, que se prolongam até as primeiras décadas do século 20. Os latifúndios são invadidos e há muitas aquisições ilícitas de terras. As oligarquias desaparecem e os latifúndios, por motivo de herança ou econômicos, se dividem em fazendas organizadas a partir da revolução de 1930.

Em 1931, um marco no desenvolvimento da cultura: cria-se o Instituto de Cacau da Bahia. Em março de 1941, ele é transformado em autarquia. Em 1957 institui-se a Comissão Executiva do Plano de Recuperação Econômico-Rural da Lavoura Cacaueira (Ceplac), com seu Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec) e seu Departamento de Extensão (Depex).


A partir de 1954 instalam-se no Estado de São Paulo as primeiras plantações. O Instituto Agronômico do Estado, em Campinas, mantém fazendas experimentais com produções de até 6 kg de sementes por planta. Amapá, Amazonas, Pará, Maranhão, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rondônia e Mato Grosso são os estados brasileiros que produzem cacau. Hoje, o Brasil ocupa a posição de sexto maior produtor mundial de cacau.


A História da Páscoa

Muito antes de ser uma festa judaica ou cristã, o que se celebrava no momento da Páscoa era o anúncio do fim do Inverno e a chegada da Primavera no hemisfério Norte. Para os antigos, festejar a Primavera (tal como a Páscoa) sempre representou a alegria da passagem de um tempo escuro e triste para um mundo iluminado, de vida nova na Natureza. Era uma espécie de renascer.

Nesta estação do ano, os antigos povos pagãos europeus homenageavam Ostera, ou Esther (em inglês, Easter quer dizer Páscoa, e em alemão é Oster). Ostera era a Deusa da Primavera, que segurava um ovo na mão. A deusa e o ovo eram símbolos da chegada de uma nova vida. Ostera equivale, na mitologia grega, a Perséfone. Na mitologia romana, era Ceres. O nome feminino Ester também se origina daí.

A palavra Páscoa vem do hebraico Pessach, a chamada "Páscoa Judaica", que começou a celebrar-se há cerca de 3500 anos, quando os hebreus, pelas mãos de Moisés, iniciaram o "êxodo" (a viagem de libertação do seu povo de 400 anos de escravidão no Egito e a passagem através do Mar Vermelho). Comemoravam, assim, a passagem da escravidão para a libertação. Livres, eles passaram a formar um povo com uma religião e um destino comuns. É com o sentido de libertação e vida nova que, até hoje, os judeus celebram esta festa. A comemoração inclui (entre outras coisas) uma refeição, o Seder, onde se come o Cordeiro Pascal, pão sem fermento, ervas amargas e muito vinho.


Os cristãos também comemoram a Páscoa. No entanto, o significado da festividade é diferente no cristianismo. Nela, celebra-se a ressurreição de Jesus Cristo que, segundo a Bíblia, ocorreu três dias depois da sua crucificação. Ela é a principal festa do ano litúrgico cristão e, provavelmente, uma das mais antigas, pois surgiu nos primeiros anos do cristianismo. Ainda que todos os domingos do ano sejam destinados pelas igrejas cristãs de todo o mundo à celebração da ressurreição de Cristo (o que é feito por meio da eucaristia), no domingo de Páscoa, esse acontecimento ganha destaque, já que se festeja uma espécie de aniversário da ressurreição.



História do Coelho e dos Ovos de Páscoa

Na Páscoa cristã e judaica, existem símbolos comuns: o cordeiro sem ossos quebrados e seu sangue, marcando o povo para uma nova realidade de mudança e libertação. Cristo é o cordeiro imolado que salva a humanidade com seu sangue e o evangelista insiste em dizer que, na cruz, nenhum osso lhe foi quebrado.

Esses mesmos símbolos são utilizados em tribos de beduínos, nômades, pastores de ovelhas que vivem no deserto ao norte do Iraque: um rito da vida, correspondendo à Páscoa de cristãos e judeus que é celebrado na primeira lua cheia da primavera. Na realidade, esses beduínos árabes têm a mesma origem dos judeus em Abrãao e essas semelhanças comprovam a autenticidade e a Antigüidade de ambas as tradições.

O Coelho

O coelho da Páscoa representa a periodicidade humana e lunar, a fertilidade e o renascimento da vida. No Egito Antigo, a lebre era o símbolo da fertilidade e a reprodução constante da vida. Por serem animais com capacidade de gerar grandes ninhadas, sua imagem simboliza a capacidade da Igreja de produzir novos discípulos constantemente.

Para alguns povos, também, simboliza a Lua, que determina o dia da Páscoa no antigo Egito. Na Europa, o coelho representa o renascimento da vida, pois, como já assinalamos, a Páscoa européia coincide com o início da primavera. É a época em que a neve derrete, a vida ressurge e os coelhos deixam suas tocas após a hibernação do inverno.

A tradição do coelho da Páscoa foi trazida à América por imigrantes alemães em meados de 1700. Até o começo do século, o coelho não era conhecido como símbolo da Páscoa no Brasil, isto só aconteceu a partir de 1913 com a vinda dos imigrantes alemães, que introduziram o costume no Sul do país.

O Ovo

Outro povo que há milênios comemora a Páscoa como uma festa de prenúncio da primavera é o chinês, que seria também o criador do costume de se dar ovos como presente de Páscoa, significando, desse modo, a renovação da vida. Mas, como em relação à Páscoa várias são as explicações e lendas, há também quem afirme ter surgido o costume de se dar ovos entre egípcios e entre os povos teutônicos - povos germânicos da região do Báltico.

De qualquer forma, essa tradição atravessou séculos e o ovo passou a simbolizar a Páscoa, como a origem da vida e do homem. Para os povos ocidentais (esta é uma das versões mais aceitas), o costume dos ovos de Páscoa teria sido trazido por missionários que visitaram a China, onde há muitos séculos já existia o hábito de se presentear os amigos com os ovos cozidos e coloridos, na Festa da Primavera do Hemisfério Norte, exatamente na época em que se comemora a Páscoa. Os ovos eram enfeitados, a partir do cozimento com ervas que soltavam tintas fortes, entre as quais a fruta do tojo (que lhes dava uma cor amarelada), a beterraba e a casca da cebola.

Enfim, o Chocolate

Daí, na Idade Média, o ovo enfeitado, como um presente da Páscoa, juntamente com a imagem do coelhinho (representando a fertilidade), passou a simbolizar a própria data em si. E o hábito de confeitar os ovos de galinha ou pata logo evoluiu para os ovos de chocolate. No século XVIII, a Igreja adotou oficialmente o ovo como símbolo da ressurreição de Cristo, santificando um costume originalmente pagão. Também na Era Georgiana, a arte da decoração dos ovos alcançou seu momento máximo, com reis e rainhas adotando como passatempo as coleções de ovos de ouro e de pedras preciosas.

Na evolução do costume de se presentear na Páscoa com ovos, durante algum tempo eles foram feitos de açúcar e enfeitados. Até que em 1828, mais ou menos quando começa a se desenvolver a indústria do chocolate, nasce o moderno ovo de Páscoa. Os primeiros eram de chocolate escuro, recheados, mas bastante simples. A evolução rápida e o refinamento atingem o auge nas décadas de 1830 e 40, quando os ovos chegam a alcançar tamanhos gigantescos e são super decorados. Já aí, à tradição da Páscoa está aliado um novo elemento, o chocolate, como fonte de alimento de alto valor nutritivo e energético, por conter hidratos de carbono, gorduras, proteínas, sais minerais e vitaminas.

Vale recordar que, no Hemisfério Norte, a celebração pascoalina ocorre em época geralmente bastante fria (o que justifica o maior consumo do chocolate), pois coincide com o final do inverno e o início da Primavera - esta mesmo a estação em que a Terra se despe da camada de neve e "volta à vida", reiniciando também um novo ciclo na Natureza.

Com o desenvolvimento da técnica industrial, os ovos de Páscoa passaram a ter uma produção padronizada e colocaram-se ao alcance de todas as famílias. Nesta época do ano não há quem não possa cumprir a tradição de presentear com os ovos de Páscoa, hoje em dia encontrados em tamanhos que vão desde os de quase cinco quilos até os pequenos, de apenas poucos gramas.

COLOMBA OU POMBA PASCAL

De origem italiana, a colomba é bem semelhante ao panetone de Natal, mas com o formato de uma pomba, que representa a vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos quando Cristo ressuscita. Além do que a pomba é também um símbolo da almejada paz.

Fonte: Revista Ciência Hoje
Novo Milênio

Na faixa ao lado, confira duas dicas do "Chef Alecrim" para sua sobremesa de Páscoa.

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Denise BC

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