Comunidades do Jalapão, Tocantins, transformam o capim-dourado em artesanato cobiçado.
De quantos lugares você já ouviu falar no mundo que têm, ao mesmo tempo, dunas de areia, cânions, cachoeiras, e um capim que reluz como ouro? Resposta difícil? Especula-se que há 350 milhões de anos a região do Jalapão tenha sido fundo de um oceano. Mas por obra da natureza, entre os meses de setembro e novembro, seus campos ficam da cor de ouro. É a época da floração e da colheita do capim-dourado.
De quantos lugares você já ouviu falar no mundo que têm, ao mesmo tempo, dunas de areia, cânions, cachoeiras, e um capim que reluz como ouro? Resposta difícil? Especula-se que há 350 milhões de anos a região do Jalapão tenha sido fundo de um oceano. Mas por obra da natureza, entre os meses de setembro e novembro, seus campos ficam da cor de ouro. É a época da floração e da colheita do capim-dourado.
A arte originou-se no vilarejo de Mumbuca, TO, composto por remanescentes de antigos quilombos que ainda enfrentam sérios problemas sociais, como desnutrição e falta de saneamento básico e doenças, como a hanseníase. O artesanato, no entanto, está começando a melhorar a vida no local. Além disso, a demanda já é tão forte que a técnica hoje é difundida nas diversas vilas da região. Com isso começam a surgir as primeiras associações de produtores, tendo os turistas como principal mercado consumidor.
Homens e mulheres da região vêm trocando a lavoura pelo artesanato. Artesanato que impressionou o estilista Alexandre Herchcovitch a ponto de ele exibir chapéus feitos de capim-dourado em seu desfile primavera-verão 2007, em Nova York.
Matéria publicada na edição 162 (março/2007) da ViverBem
Homens e mulheres da região vêm trocando a lavoura pelo artesanato. Artesanato que impressionou o estilista Alexandre Herchcovitch a ponto de ele exibir chapéus feitos de capim-dourado em seu desfile primavera-verão 2007, em Nova York.
Matéria publicada na edição 162 (março/2007) da ViverBem
Mas os problemas começam a surgir, estimulados pelo lucro, o aumento da produção começa a desequilibrar o meio-ambiente local. Na opinião dos artesãos locais, com exploração incondicional do artesanato também pode ameaçar a existência da planta, que cresce nas margens dos vários rios que entrecortam o Jalapão.
Além de arrancar o capim pela raiz, os moradores usam o fogo para fazer a colheita. Alguns argumentam que isso ajuda o capim a crescer mais forte depois. Porém, não há estudos conclusivos sobre o assunto. Soma-se a isso outro fator: a linha usada para trançar o capim é extraída do chamado "olho do buriti" . Ou seja, é necessário abater um buriti inteiro para extrair-lhe a parte interior e fazer os fios usados no artesanato.
Além de arrancar o capim pela raiz, os moradores usam o fogo para fazer a colheita. Alguns argumentam que isso ajuda o capim a crescer mais forte depois. Porém, não há estudos conclusivos sobre o assunto. Soma-se a isso outro fator: a linha usada para trançar o capim é extraída do chamado "olho do buriti" . Ou seja, é necessário abater um buriti inteiro para extrair-lhe a parte interior e fazer os fios usados no artesanato.
Por outro lado, a produção também ajudou os moradores que se organizam em cooperativas para produzir e vender peças aos visitantes. A associação de Mumbuca mantém uma casa de vendas no centro do vilarejo, que também serve como centro de reunião para a comunidade artesã.
A alternativa econômica está começando a ajudar a população, uma das mais pobres de toda a região, mas precisa ser administrada com cuidado. Os estudos sobre o assunto agora concentram-se em entender o manejo auto-sustentável do capim. O segundo passo será conscientizar os produtores.
Fonte
A alternativa econômica está começando a ajudar a população, uma das mais pobres de toda a região, mas precisa ser administrada com cuidado. Os estudos sobre o assunto agora concentram-se em entender o manejo auto-sustentável do capim. O segundo passo será conscientizar os produtores.
Fonte
Muitos dos trabalhos acima foram confeccionados pelo artesão Mauro
Essa última peça em destaque é um colar confeccionado com pedras e capim-dourado, que recebi de presente do meu marido Marcos Santos e do meu filho Pedro.
Esse post faz parte da blogagem coletiva Ecological Day que acontece todos os meses no dia 02, hospedado no blog Leaves of Grass de Sônia Mascaró.
Essa última peça em destaque é um colar confeccionado com pedras e capim-dourado, que recebi de presente do meu marido Marcos Santos e do meu filho Pedro.
6 comentários:
Maravilhoso post, Denise! Informações, fotos, links, um primor. Não conheço a região mas admiro a beleza das paisagens e seu criativo e belo belo artesanato. Sabe que eu fui reunindo imagens do Jalapão e de seu artesanato para fazer um posts também? Obrigada por esta bela participação no Ecological Day!
Beijos.
Oi Dê, estou de volta ao Blogger... espero receber sua visita... super bjs
sim, éverdade existe este CAPIM DOURADO NO JALAPÃO,proxima da cpital doTOcantins-PALMAS,e oartesanato élidissimos,verdadeiras joias, tenhobincos dolares e umabolsa, presenteadas pela minhasaudosamãe euma caixinha de costura que tem uns 65 anos que ela me deu quandona sualuademel emARAXÁ existia tambem oCapim Dourado , hoje em extinção, Lindo!
beijos
suelly
http://aniscomcanela.com.blogspot.com
Eu tenho pulseiras, brinco e uma bolsinha...há uns 3 anos eu ganhei uma agenda linda, mas uma amiga ficou enloquecida e eu tive que dar. Bjks
Denise:
Que fotos maravilhosas e texto idem.
Adoro este capim dourado. Parabéns!
boa semana.
bjs
Denise, que bela postagem é maravilhoso o capim dourado! Maravilhoso o teu presente!
um beijo, lili.
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