Íngrid concorrera ao cargo de senadora na eleição de 1998 - a quantidade de votos que recebera fora a maior entre todos os candidatos ao senado daquela eleição. Durante seu mandato recebera ameaças de morte por uma organização militar desconhecida, forçando-a a enviar seus filhos para Nova Zelândia.
Após a eleição de 1998, Íngrid escrevera um livro, uma memória. A priori, seu livro não fora publicado na Colômbia, pois continha revelações polêmicas, além de críticas e acusações contra o antigo presidente Samper e outros, por isso fora publicado inicialmente na França com o título: "La Rage au Coeur" (Raiva no coração).
Cronologia do seqüestro de Ingrid Betancourt
23 de fevereiro: as FARC seqüestram Betancourt, candidata presidencial, e sua coordenadora de campanha, Clara Rojas, perto de San Vicente del Caguán,
27 de fevereiro: a guerrilha se oferece por libertar Betancourt em troca de rebeldes presos.
26 de maio: Betancourt obtém 0,5% dos votos nas eleições presidenciais.
23 de julho: as FARC divulgam um vídeo de Betancourt gravado no dia 15 de maio.
7 de agosto: Alvaro Uribe assume a presidência, partidário da linha dura com a guerrilha.
15 de novembro: Uribe revela um plano para enviar rebeldes presos ao exterior, com apoio da França, em troca da libertação de seqüestrados.
3 de dezembro: as FARC exigem que sejam desmilitarizados dois departamentos (115.000 km2) para negociar uma troca.
28 de abril: a guerrilha designa três negociadores.
9 de julho: A França envia um avião a Manaus, na Amazônia brasileira, para uma eventual libertação de Betancourt, numa operação secreta que fracassa.
30 de agosto: Betancourt aparece pela segunda vez num vídeo, gravado em maio.
2 de dezembro: o presidente colombiano perdoa 23 guerrilheiros para destravar o bloqueio a um acordo humanitário.
3 de dezembro: as FARC pedem a liberdade de 500 rebeldes presos em troca de reféns e a desmilitarização de um território de 800 km2 que inclui os povoados de Florida e Pradera.
13 de dezembro: França, Espanha e Suíça propõem negociar a troca numa pequena propriedade rural no sudeste da Colômbia com observação internacional. Uribe aceita.
2 de janeiro: as FARC dizem desconhecer a proposta européia e consideram que negociar seria favorecer Uribe, que aspirava a ser reeleito.
29 de maio: Uribe é reeleito para um segundo mandato.
24 de setembro: as FARC divulgam um vídeo de 12 deputados reféns. Um chefe rebelde assegura que Betancourt vive nas mesmas condições que os guerrilheiros.
28 de setembro: Uribe anuncia a disposição de desmilitarizar a Flórida e Pradera.
20 de outubro: o governo suspende as aproximações devido à explosão de um carro-bomba atribuído às FARC numa universidade militar em Bogotá.
31 de dezembro: o ex-ministro Fernando Araújo, um dos reféns das FARC, escapa no meio de uma operação militar ao norte da Colômbia. Em fevereiro é nomeado chanceler.
30 de janeiro: Uribe diz ante a cúpula da polícia que 2007 será um ano "crucial para resgatar os seqüestrados". França e a família de Betancourt se opõem a uma operação militar.
28 de abril: o policial John Frank Pinchao, que partilhava o cativeiro com Betancourt, consegue escapar e conta que ela permanece num acampamento na selva do sudeste da Colômbia.
6 de maio: em seu primeiro discurso após ser eleito presidente da França, Nicolas Sarkozy afirmou que não esquecerá da sorte de Betancourt.
1 de Junho: Uribe começa a liberar mais de 120 guerrilheiros das FARC, entre eles o chamado "chanceler" do grupo, Rodrigo Granda, cuja liberdade foi solicitada por Sarkozy.
28 de Junho: as FARC anunciam que 11 deputados reféns morreram num "fogo cruzado com um grupo militar não identificado". Uribe as acusa de assassinato.
2 de agosto: Uribe se diz disposto a negociar em três meses a paz com as FARC. A guerrilha recusa a oferta.
15 de agosto: Uribe nomeia a senadora opositora Piedad Córdoba como facilitadora para a troca.
17 de agosto: Chávez aceita fazer a mediação entre as FARC e Uribe.
20 de agosto: Chávez recebe em Caracas familiares dos reféns.
29 de agosto: Sarkozy e Chávez dialogam por telefone sobre o caso.
30 de agosto: Sarkozy e Uribe dialogam por telefone sobre o encontro com Chávez em Bogotá.
Cinco vídeos foram capturados junto com três guerrilheiros presos pelo Exército colombiano ontem. As imagens, divulgadas, mostram por 52 segundos uma Ingrid bem mais magra, de cabelos beirando a cintura e mal vestida, olhando fixamente para o chão durante todo o tempo.
- "Aqui vivemos como mortos", relata a refém franco-colombiana Ingrid Betancourt, seqüestrada há mais de cinco anos pelas Farc.
- "Estou mal fisicamente. Não consigo me alimentar. Meu apetite está bloqueado. Meus cabelos estão caindo aos montes". "Amo a França de coração, pois admiro a capacidade de mobilização de um povo que, como dizia Camus, sabe que viver significa assumir compromissos. Todos esses anos foram terríveis, mas acho que nem estaria viva hoje se não fosse pelo compromisso que eles trouxeram a todos nós, que aqui vivemos como mortos".
Até então, a última prova de que a ex-candidata presidencial está viva havia sido divulgada em 2003. Uma das cartas encontradas foi a escrita por Betancourt para sua mãe.
Ex-marido de Ingrid Betancourt diz temer que ela esteja morta
O ex-marido de Ingrid Betancourt, Fabrice Delloye, afirmou no sábado temer que a refém franco-colombiana das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) "esteja a ponto de morrer ou já esteja morta", após declarações alarmistas por parte de autoridades colombianas sobre seu estado de saúde.
- "Tenho medo de que Ingrid Betancourt esteja a ponto de morrer ou já esteja morta. O que me angustia é a declaração do governo colombiano, e me pergunto se não dispõem de informações que ignoramos" - disse.
Nesta segunda-feira (31/03), um avião enviado pelo governo francês para receber Ingrid Betancourt voltou vazio à França, frustrando as expectativas de que a ex-senadora colombiana fosse libertada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que a mantêm em cativeiro há seis anos. Um outro avião, entretanto, já estaria de prontidão em uma base francesa.
A expectativa pela libertação de Ingrid Betancourt, que também tem cidadania francesa, aumentou na semana passada quando a Colômbia publicou um decreto autorizando a troca de reféns das Farc por guerrilheiros presos. As autoridades francesas, que teriam informações sobre a entrega da ex-senadora, enviaram na sexta-feira um avião oficial à Guiana Francesa para ficar preparado no caso de uma possível liberação de Ingrid, seqüestrada em fevereiro de 2002 quando fazia campanha para a Presidência colombiana.Mais notícias sobre Ingrid Betancourt Pulecio, aqui
9 comentários:
Cada um de nós terá uma missão na Terra. A da Ingrid é um fardo pesado e importante.
Um beijo grande para ti Deni BC
Até onde chegaremos?
Essa senhora está com diversas doenças adquiridas na selva.
O que esperar de homens que treinam e fazem negócios com traficantes do Brasil?
Ol'a, Denise obrigado pela visita, foi uma honra participar do abaixo assinatura, que aqui encontrei.
ab.
Denise, o que Ingrid não deve ter passado por esses anos. Que destino! Tomara Deus que ainda esteja com vida e que possa um dia se juntar aos seus!
Não fiquei sabendo da blogagem, senão tinha postado também!
Beijus, Luma
Denise,nossa que história heim ...
o que Ingrid deve estar sofrendo esses anos. Que destino! Tomara Deus que ainda esteja com vida e que possa um dia se juntar aos seus!
Poxa !!!! Não fiquei sabendo da blogagem, senão tinha postado também!
O da água eu cheguei a postar pq graça a vc vi a chamada aqui ...
Beijinhos
Jan
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DEnise,
vou participar assinando!
Obrigado pela postagem!
Eu fico muito sensibilizada com as dores dessa mulher.
Parabéns Denise por esse excelente texto sobre Ingrid e seu calvário.
beijos
Mandou muito bem Denise!
O caso merece a divulgação.
beijos
D
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